Os Tipos de Criptomoedas: Bitcoin, Altcoins, Stablecoins, CBDCs, Sh*tcoins e a Diferença com a Moeda Fiduciária

  • Categoria do post:Criptomoedas
  • Última modificação do post:15 de agosto de 2024
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Criptomoedas

Neste artigo, vamos explorar o universo das Criptomoedas, explicando os termos como Bitcoin, Altcoins, Stablecoins, CBDCs e Sh*tcoins, elucidando suas diferenças e importância no cenário financeiro atual. Mas antes disso, você sabe qual é o tipo de moeda que nós usamos no dia-a-dia?

Moeda Fiat ou Fiduciária

É o dinheiro moderno, como dólar, libra, euro, pesos e o real brasileiro. Denomina-se “fiduciária”, porque lastreia-se na “fidúcia” (confiança) que as pessoas têm em relação ao Estado que as emitiu, sem nenhuma correlação, fixação ou “ancoragem” em ouro ou prata, como era comum até o início do século XX.

Portanto, as moedas fiduciárias, popularmente conhecidas como moedas fiat, referem-se a todo título, documento e moeda que não possui lastro em metais preciosos ou qualquer valor intrínseco. O que confere valor a essas moedas é a atribuição dada pelo governo, economia e sociedade em que estão inseridas.

As moedas fiat constituem a base da economia contemporânea, e o valor das criptomoedas muitas vezes é comparado a elas. Por exemplo, ao avaliar a cotação do Bitcoin, geralmente recorremos a uma moeda fiat como referência, como o real ou o dólar. Nas exchanges, o valor das criptomoedas também é frequentemente apresentado em moeda fiat, para facilitar a compreensão do valor dos ativos.

Bitcoin

O Bitcoin é a primeira e mais conhecida criptomoeda do mundo. Criado em 2009 por uma pessoa (ou grupo de pessoas) sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto, o Bitcoin foi concebido como uma forma de dinheiro eletrônico descentralizado, independente de autoridades centrais como governos ou bancos. Sua tecnologia subjacente, conhecida como blockchain, permite que as transações sejam registradas de forma transparente e segura, sem a necessidade de intermediários.

O valor do Bitcoin é determinado pela oferta e demanda no mercado, e sua emissão é limitada a 21 milhões de unidades, o que o torna deflacionário por natureza. Apesar de sua volatilidade, o Bitcoin tem sido cada vez mais adotado como uma reserva de valor digital e como um meio de transações financeiras globais, impulsionando o interesse e o desenvolvimento de todo o ecossistema de criptomoedas.

As criptomoedas, incluindo o Bitcoin, representam uma evolução significativa no sistema financeiro tradicional, oferecendo novas formas de armazenamento de valor, transferência de fundos e contratos inteligentes. No entanto, é importante entender as diferenças entre o Bitcoin e outras criptomoedas, como moedas fiat, altcoins, stablecoins, CBDCs e sh*tcoins, para tomar decisões informadas e prudentes no mundo das finanças digitais.

Leia mais sobre o Bitcoin aqui.

Altcoins

O termo “Altcoin” é uma junção de “alternative” e “coin”, representando uma criptomoeda alternativa ao Bitcoin. Qualquer criptomoeda que não seja o Bitcoin pode ser classificada como uma altcoin, ou até mesmo, em alguns casos, como uma “shitcoin”. As altcoins geralmente compartilham características semelhantes ao Bitcoin, buscando replicar seus pontos positivos e, muitas vezes, oferecer melhorias ou adicionar novas funcionalidades.

O Ethereum (ETH), por exemplo, é considerado a principal altcoin e a segunda maior criptomoeda em valor de mercado, atrás apenas do Bitcoin. O Ethereum permite transações mais rápidas e a execução de contratos inteligentes, expandindo as possibilidades das criptomoedas além do simples armazenamento de valor. Outros exemplos de altcoins incluem Litecoin, Ripple, Bitcoin Cash, Cardano e Dogecoin.

Stablecoins

As stablecoins, ou moedas “estáveis”, são criptomoedas que possuem lastro em algum ativo, seja ele físico (como moedas fiduciárias ou commodities) ou digital (outras criptomoedas). Essas moedas são projetadas para terem baixa volatilidade em comparação com outras criptomoedas, sendo frequentemente vinculadas ao valor de uma moeda fiduciária, como o dólar americano.

As stablecoins são amplamente utilizadas para armazenar valor e facilitar transações comerciais, especialmente em momentos de alta volatilidade do mercado. Elas também podem ser utilizadas como mecanismo de proteção contra a volatilidade de outras criptomoedas e como fonte de receita por meio de empréstimos ou protocolos de poupança. Exemplos populares de stablecoins incluem Tether (USDT), USD Coin (USDC), Binance USD (BUSD) e Dai (DAI).

CBDCs

As CBDCs, ou “Central Bank Digital Currencies” (Moedas Digitais de Bancos Centrais), são stablecoins emitidas por bancos centrais. Embora todas as CBDCs sejam stablecoins, nem todas as stablecoins são CBDCs, já que nem sempre são emitidas por bancos centrais.

Recentemente, o Banco Central do Brasil anunciou o lançamento do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) para testar o Real Digital, uma CBDC em desenvolvimento. Essa iniciativa visa avaliar os casos de uso e a viabilidade do Real Digital, aguardando resultados para finalizar seu design.

Outros países, como a China, já estão avançados nessa área, com testes pilotos em andamento.

Sh*tcoin

O termo “Shitcoin” é utilizado para descrever criptomoedas de qualidade duvidosa ou projetos sem propósito definido, muitas vezes criados apenas para especulação e com valorização momentânea. Essas moedas costumam atrair investidores desavisados com promessas de lucros rápidos, mas podem resultar em perdas significativas.

Além das chamadas “meme coins”, como a Dogecoin, que são criadas com base em memes da internet e têm características semelhantes às sh*tcoins, como volatilidade e ausência de fundamentos sólidos. É essencial pesquisar e entender o projeto antes de investir em qualquer criptomoeda, buscando informações oficiais e conhecendo a equipe por trás do projeto.

Em resumo, compreender as diferenças entre moedas fiat, altcoins, stablecoins, CBDCs e sh*tcoins é essencial para quem deseja explorar o universo das criptomoedas de forma segura e consciente.

Autor

  • Alexandre Nakata é criador do MVG Estratégico para Advogados, onde ensina estratégias de marketing, vendas e gestão para profissionais da advocacia que desejam escalar seus resultados.

    Graduado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), obteve nota máxima em sua monografia sobre Responsabilidade Civil no Direito Digital. Possui especializações em Direito Notarial e Registral pelo Damásio Educacional e em Direito Tributário pela Faculdade UniBF, além de ter cursado disciplinas de mestrado na Universidade Estadual de Londrina (UEL) como aluno especial.

    Fundou e dirigiu a Nakata Advocacia e Consultoria Empresarial, escritório que atuava com processos judiciais e consultoria para startups e empresas de energia solar fotovoltaica. Em 2022, vendeu o negócio por seis dígitos para focar na educação jurídica e no desenvolvimento de advogados de alta performance.

    É autor dos livros: Livros: "Responsabilidade Civil no Direito Digital - Evolução, fundamentos e desafios" (2021) e "80 Lições sobre Marketing Jurídico, Vendas e Gestão que o Direito Não Ensina" (2024).

    Atualmente, dedica-se à produção de conteúdo, treinamentos e mentorias para advogados que buscam crescer na profissão de forma estratégica e sustentável.

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